Licenciei-me em Tradução e Interpretação Simultânea  nas variantes de Francês e Inglês  em 1998, no Instituto Superior de Assistentes e Intérpretes, e estou à frente da empresa de tradução AP | Portugal desde 1999. Nos últimos anos, fruto do meu envolvimento em projetos web que pretendiam promover boas práticas na tradução e fazer a ligação entre os envolvidos nos serviços de tradução e os profissionais freelancers, as empresas de tradução e os clientes , como é o caso da rede Lexis, interessei-me pela forma como funciona a otimização do tráfego web e pelas técnicas que ajudam a que a probabilidade de os nossos sites serem mais visitados aumente.


Até chegar à direção de uma empresa de serviços linguísticos a nível nacional e internacional, somei outras experiências que me deram mundividência, como o Curso de Comunicação Interna nas Empresas no Telford College (Edimburgo, 1996), a formação como Responsável de Sector de Hipermercados e Centros Comerciais na ECAL (França, 1997), a pós-graduação em Marketing no Instituto de Estudos Superiores Financeiros e Fiscais (Gaia, 2003), o trabalho como guia intérprete nas Caves de Vinho do Porto Rozès (1996) ou a experiência como gerente da sala de espetáculos Hard Club (1998-1999).


Enquanto coordenador técnico, criativo e pedagógico do Departamento de Comunicação do Centro de Ação Psicopedagógica APOIO XXI e diretor da AP | Portugal, cabe-me, entre outras coisas, otimizar a atenção leia-se o tráfego que os nossos sites atraem.


O Search Engine Optimization é isso mesmo. Um conjunto de técnicas utilizadas para melhorar a visibilidade de um site nas páginas de resultados de um motor de busca. O objetivo da otimização é colocar um site nas posições cimeiras da folha de resultados. Porquê? Qual é a primeira coisa que fazemos quando precisamos de pesquisar informação sobre determinado tema ou de encontrar uma dada morada? Acedemos à Internet e perguntamos a um motor de busca.


É já um gesto enraizado. Se estivermos do outro lado, ou seja, se gerirmos um site com informação relevante, a montra do nosso negócio, e esse site estiver construído de acordo com as técnicas de SEO, as suas páginas serão melhor lidas pelos robôs dos motores de busca e consequentemente subirão no ranking de resultados.

O Google é, sem sombra de dúvidas, o motor de busca mais utilizado no globo, mas existem outros, como o Yahoo e o Bing, que têm vindo a crescer gradualmente. Cada pesquisa efetuada nestes motores de busca gera uma lista de resultados ordenados segundo vários critérios, sendo certo que os sites com conteúdos mais relevantes e com mais qualidade são apresentados na primeira página de resultados.


Percorrendo as páginas dos resultados, facilmente se percebe que os links das últimas páginas têm uma qualidade bastante inferior às primeiras.
O bê-á-bá do SEO passa por perceber os fatores que influenciam a posição dos sites nos rankings. A lista desses fatores é longa, mas todos os contributos ajudam a realçar os links com mais relevância. Alguns deles prendem-se com a forma como as páginas são construídas. As palavras-chave, por exemplo, são categóricas do conteúdo da página e é através delas que o utilizador procura informação. Para além de deverem estar presentes no URL e na própria página, também devem estar presentes no título da página. As imagens que colocamos na página, o primeiro parágrafo e os subtítulos são outros detalhes que devemos ter em conta quando estamos a construir um site.


Se o nosso site tiver conteúdos relevantes e únicos, existe a possibilidade de ele ser referenciado por outros sites. Se isto se verificar, o site sobe no ranking. No entanto, nem todas as fontes têm o mesmo peso na subida, pois as referências em sites mais credíveis contam mais. A idade do site é também importante. A idade é um posto, já diz o provérbio.
A publicação frequente de novos conteúdos é também um dos fatores que contribuem para a subida dos sites nos rankings. 


Estas são técnicas e estratégias do chamado white-hat SEO, aquele que os motores de busca recomendam para construir um bom modelo de página. São consideradas seguras e produtivas a longo prazo. Depois há o e black-hat SEO, que se refere a um conjunto de técnicas não aprovadas pelos motores de busca. Os websites que usam este black-hat SEO podem ser punidos com uma descida no ranking ou, na pior das hipóteses, ser removidos das páginas de resultados.


Mas voltemos aos conteúdos novos. Este fator pode ser problemático já que as empresas nem sempre têm informações novas para publicar. Uma das soluções pode então passar pela tradução dos conteúdos para outras línguas. Desta forma podemos alargar o nosso público-alvo a utilizadores de outros países. Os motores de busca iniciam de novo o processo de procura das páginas e palavras-chave. Aqui podemos encontrar um espaço para as empresas de tradução e tradutores.


Mário Júnior 
Tradutor, Intérprete, Consultor e CEO da AP | PORTUGAL